quarta-feira, 16 de maio de 2012

Ao acordar quero conviver com as lembranças de que eu vivi...
eu olhei pra todas as estradas,
me contive,
superei tragédias,
e desenterrei aquilo que eu não queria mais...
Me lembro como havia intensidade em algumas palavras,
pessoas me faziam entender a diferença de estar somente perto,
e de se entregar,
mais só hoje...
acordar pensando em viver...
Poetizar somente, recordando que a alma deve transbordar...
as viagens a alguns lugares até então desconhecidos me fizeram perceber
que o desespero derrota a alma...
Esses devaneios não quero mais,
imagens perturbando,
ruídos nos corredores da casa,
a musica, o blues...
O gosto agora é libertar sensações,
colorir...
sentar no bar e beber um cerveja sem hora, sem encontro marcado com minha fome, minha sede ..
enfim sem você.
Tomando meu vinho olhando fixamente pra brasa do meu cigarro queimando,
tudo se mistura na minha mente...
Posso colorir sentimentos, mais a alma continua cinza...
Viajando intensamento em lugares jamais vistos...
Perguntei por você antes de dormir...
e antes que tudo se acabe...
Jamais esquecerei, que a solidão de um quarto domina um rosto, uma mente, e um coração...
Preciso desfazer das lembranças e parar de beber essa noite...
vinho seco não me faz pensar em sacanagem,
mais me deixa mais fria e mais distante...
Preciso amenizar minhas dores, esquecendo das noites com você...
e essa fragilidade pra onde vai?
Eu posso até tentar, mais o que esta na mente, na alma...
não some tão fácil.
Dormindo com essas camisetas surradas  de banda, ouvindo Janis Joplin as vezes pra me sentir mais livre,
cantarolar... cantarolar...
Acordando de mau humor, dormindo inquieta...
Preciso sonhar, e não acordar do sonho...
e o sonho vai ser mais ou menos assim...
ahh quer saber, deixa pra lá...


palavras, palavras e palavras...